A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou nesta quarta-feira (16) dados preliminares que mostram que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) ficaram em 32,1 mil milhões de toneladas em 2015, se mantendo estáveis desde 2013.
O grande responsável pelo não-aumento de emissões foi a energia renovável, que teve cerca de 90% da nova produção de eletricidade em 2015 (só a energia eólica foi responsável por metade dessa nova produção). Na China e nos Estados Unidos, os dois principais emissores, houve redução de 1,5% e 2% nas emissões relacionadas a energia, respectivamente.
Outro fator importante é que, pelo segundo ano consecutivo, enquanto as emissões se mantiveram constantes, a economia global cresceu mais de 3%, demonstrando que é possível crescer sem aumentar as emissões. Em toda a história de medições da AIE, as outras únicas três vezes em que as emissões não cresceram estiveram associadas à recessão econômica (1980, 1992 e 2009).
De acordo com o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Mario Barroso, os novos dados enfatizam a necessidade do Brasil continuar investindo em energia renovável. “Nos últimos 15 anos, as emissões brasileiras no setor de energia mais que dobraram. Recentemente, o Brasil deu importantes passos para a diminuição das emissões, com os acordos bilaterais com Estados Unidos e Alemanha, além da participação no Acordo do Paris. Agora, precisamos de mais políticas públicas federais que viabilizem o incremento de energias renováveis alternativas, como solar e eólica, para que o país continue sendo uma das nações com mais energia renovável do planeta, sem esquecer é claro o forte combate ao desmatamento”.
A análise completa será divulgada em um relatório especial World Energy Outlook sobre a energia e qualidade do ar, que será lançado no final de junho.
Fonte: WWF Brasil