O ar que respiramos está repleto de substâncias cancerígenas que contribuem com centenas de milhares de mortes por ano, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (17) pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (AIPC), subordinada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
O relatório disse que 223 mil mortes por câncer de pulmão ocorridas em 2010 no mundo resultaram diretamente da poluição atmosférica. Também aponta que há fortes indícios de que a contaminação do ar eleva o risco de câncer de bexiga.
Em nota divulgada após uma semana de reuniões entre especialistas que revisaram a literatura científica mais recente, a AIPC declarou à imprensa internacional que a poluição atmosférica ao ar livre e o material particulado – um importante componente da poluição – devem passar a ser classificados como agentes carcinogênicos do Grupo 1. Essa classificação abrange mais de cem outros agentes cancerígenos conhecidos, como o amianto, o plutônio, a poeira de sílica, a radiação ultravioleta e o cigarro. Esta é a primeira vez que os especialistas classificam o próprio ar poluído dos ambientes externos como agente cancerígeno e sinaliza a necessidade de uma mudança urgente na gestão de resíduos expelidos na atmosfera.
Saiba mais: Revista Exame Online, 17/10/13
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