A participação dos produtos industriais importados nas prateleiras do comércio brasileiro alcançou, no primeiro trimestre deste ano, um novo recorde: 22,5% do total. Apesar do avanço da concorrência de fora, sobretudo asiática, o maior desafio para as fábricas instaladas em território nacional está no ambiente doméstico, representado pela disparada dos custos para se produzir no país, com destaque para a eletricidade.
Esse choque para a indústria, que já sofre com a perda constante de competitividade, está levando empresas autogeradoras a venderem a própria energia no lucrativo mercado à vista, reduzindo o ritmo ou fechando suas linhas de montagem. Os ganhos compensam o corte na produção. Mas há algumas que foram além e já transferiram suas unidades de fabricação para o exterior, para fugir do alto preço do megawatt/hora (MWh). O caso mais notório dessa tendência está nos aviários localizados na Região Sul.
Aproveitando esse contexto, o Paraguai lidera a disputa internacional pelas indústrias brasileiras. Sócio do Brasil em Itaipu, o país vizinho só utiliza 5% do que é gerado na maior hidrelétrica da América Latina.
Saiba mais: Correio Braziliense Online, 19/mai/14
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