Ônibus que demoram a passar. E, quando passam, transportam mais passageiros que o limite recomendável, razão usada como justificativa para que os motoristas não parem nos pontos onde usuários esperam, em alguns casos, por quase uma hora. As reclamações são as de quem usa o transporte público, sobretudo ônibus. Acabam por desencorajar o uso dos meios coletivos, estimulando a opção por carros que congestionam as ruas das cidades brasileiras, gerando impactos para a qualidade de vida e para a economia.
Segundo pesquisadores do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), os usuários já estão habituados aos transtornos. E, por isso, não exigem que o Poder Público fiscalize e puna as empresas concessionárias que não oferecem serviço de qualidade. “As manifestações do ano passado indicam que a população [percebe] que os problemas não são resolvidos”, afirma João Paulo Amaral, coordenador da pesquisa Transporte Público, Insatisfação Coletiva, divulgada pelo Idec em setembro de 2013.
Ele considera que os canais criados para receber as queixas e sugestões de usuários do transporte público, como as ouvidorias e serviços de atendimento das empresas de ônibus costumam ser de difícil acesso aos que não têm tempo sobrando e que, na maioria das vezes, não estão aptas a dar uma resposta satisfatória aos reclamantes.
Saiba mais: Eco Desenvolvimento, 05/03/14
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