Fazer a compostagem do material orgânico é uma ótima saída para reduzir a quantidade dos resíduos que produzimos
Foto: Compostar/Joana Kalid
Já sabemos que o acúmulo de resíduos sólidos (que nos acostumamos erroneamente a chamar de lixo) é um grande problema mundial que ameaça a sustentabilidade do planeta. Com o gradativo aumento da população, é preciso achar soluções nesse sentido. Separar e reciclar o que é possível, além de reutilizar aquilo que consumimos, viraram questões básicas e fazem parte do que pode ser feito – por cada um de nós – para reduzir os impactos humanos no meio ambiente.
Por isso, fazer a compostagem do material orgânico é uma ótima saída para reduzir a quantidade dos resíduos que produzimos, afinal, trata-se de um processo natural de decomposição que conta com o auxílio de minhocas para transformar as sobras de comida em adubo de primeira qualidade.
Quem usa composteira em casa precisa ficar atento ao que ela realmente é: uma casa de minhocas que transforma resíduos naturais em adubo. Por isso, nem tudo que estragou na geladeira ou sobrou do suco pode ser adicionado dentro daquele ambiente.
Existem diversos modelos de composteiras à venda pela internet ou em casas especializadas. Também é possível fazer sua própria composteira, como você pode conferir neste vídeo:
A partir do momento que você já tiver uma delas, deve ficar atento ao que pode e o ao que não pode ser compostado.
O que DEVE ir:
- Restos de alimentos, como verduras, cascas e talos (podem se converter em excelentes fontes de nitrogênio);
- Resíduos frescos, como podas de grama e folhas (possuem alta concentração de nitrogênio);
- Serragem (não tratada – sem verniz) e folhas secas (ajudam no equilíbrio, são ricos em carbono e evitam o aparecimento de animais indesejados e do mau cheiro);
- Alimentos cozidos ou assados (podem ser usados desde que em pequenas quantidades. É preciso evitar o excesso de sal e conservantes dos alimentos processados. Esse tipo de material não pode estar úmido, por isso se deve adicionar bastante pó de serra em cima dos restos);
- Estercos de boi, de porco e de galinha (apenas se tiverem sido curtidos).
Ao utilizarmos 70% de resíduos ricos em carbono e apenas 30% ricos em nitrogênio, temos uma fórmula equilibrada. Uma boa solução é separar um espaço em que os resíduos frescos possam secar antes de serem usados, gerando uma boa economia, pois se não houver serragem, os resíduos secos são excelentes substitutos. Outra dica tem a ver com a borra de café. Ela é uma grande aliada, pois inibe o aparecimento das formigas e é um excelente complemento nutricional para as minhocas. Vale adicionar o filtro de papel também à sua composteira.
O que NÃO DEVE ir:
- Frutas cítricas (precisam de cuidado redobrado. Tanto a polpa quanto as cascas podem alterar o PH da terra;
- Alho e cebola (também causam alterações no minhocário);
- Fezes de gatos e cachorros;
- Carnes, gorduras e laticínios (a decomposição é muito lenta e tais alimentos atraem animais indesejáveis).
Em Salvador, quem faz um trabalho muito interessante nessa área da compostagem é a Compostar, empresa que comercializa composteiras e promove uma série de ações educativas na cidade. A iniciativa da empresária Joana Kalid pode ser conhecida através do Instagram: https://www.instagram.com/compostar/
E aí? Que tal dar um novo sentido para os resíduos que você produz diariamente?