Na terça-feira, dia 8 de março, a empresa Korin Agropecuária iniciou a produção de sua nova linha de produtos, a carne bovina orgânica certificada, no Mato Grosso do Sul, fruto da parceria com a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) e o WWF-Brasil.
Desde o ano passado a empresa já havia iniciado a produção e comercialização da Carne Sustentável do Pantanal, produzida de forma sustentável de acordo com um protocolo desenvolvido em conjunto com a ABPO, Embrapa Pantanal e WWF-Brasil.
A carne bovina orgânica é proveniente de novilhos (machos) criados no Pantanal sul-mato-grossense, sem antibióticos, vermífugos, transgênicos, ureia, hormônios e quimioterápicos e estará, em breve, nos supermercados do Brasil. O lançamento oficial da carne bovina orgânica será em abril, assim como o início de sua distribuição.
O que diferencia a carne bovina orgânica, da sustentável, além do gênero do animal (sustentável são fêmeas e orgânico, machos), é, basicamente, a alimentação. Para ser orgânico, o novilho precisa ser alimentado com ração orgânica certificada. No caso dos bovinos Korin, durante a maior parte da vida, a alimentação é proveniente de pastos nativos do Pantanal, livre de agrotóxicos e adubos químicos e sem acréscimo de ureia para acelerar a engorda. Nos últimos quatro meses, a alimentação passa a ser complementada (em 35%) com cereais, à base de milho e soja. No caso dos orgânicos, tanto a pastagem, quanto a ração, são orgânicas certificadas.
A Carne Orgânica do Pantanal, assim como a Carne Sustentável (que continuará a ser produzida), é resultado de uma parceria que visa promover o desenvolvimento da produção sustentável na maior planície alagada do planeta, o Pantanal.
A Korin, o WWF-Brasil e a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) trabalham em conjunto para promover esse produto no mercado brasileiro. Mais do que um produto diferenciado, a ideia é informar o consumidor sobre a origem da carne bovina, validando os benefícios à saúde e ao meio ambiente e, ainda, as tradições da cultura pantaneira.
A parceria entre o WWF-Brasil e a ABPO começou em 2003, quando a organização iniciou um trabalho de apoio à produção da pecuária orgânica do Pantanal, uma ação pioneira para uma organização ambientalista. “O Pantanal é a maior área continental úmida do planeta e este bioma, também conhecido como ‘reino das águas’, é importante para o suprimento de água e para o equilíbrio climático do planeta. É nesta região que a pecuária bovina vem se desenvolvendo como atividade econômica tradicional há mais de 250 anos, alicerçada na cultura do ‘homem pantaneiro’. A criação de gado sempre se baseou na dinâmica natural da região, respeitando e convivendo em harmonia com o ‘ciclo das águas’, com a fauna e a flora, onde os animais são livres para se alimentar em extensas áreas de pastagens nativas”, ressalta Julio Cesar Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil.
Segundo Reginaldo Morikawa, diretor da Korin, os bovinos comem mais de 500 espécies de capins nativos do Pantanal, que conferem maior nível de Ômega 3 na carne. Além disso, são produzidas por famílias pantaneiras, gerando emprego e renda e contribuindo para a preservação ambiental deste importante bioma brasileiro que é o Pantanal. “Com apoio do WWF-Brasil, Naturafrig, ABPO, do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável e EMBRAPA-Pantanal, a produção possui a avaliação FPS-Fazenda Pantaneira Sustentável, que garante que a produção da Korin se dá em fazendas que aplicam com sucesso os quesitos de sustentabilidade e o selo de produto orgânico certificado do Instituto Biodinâmico (IBD), enquadrado na lei 10.831, de 23/12/2003 do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. Macia e saborosa, será comercializada em todo o Brasil. Parabéns a todos por lançarem a única carne orgânica produzida em escala no Brasil”, ressalta.
Fonte: WWF Brasil
