Qual cidade nós queremos para o futuro? Essa é a pergunta que os visitantes da Fundação Planetário têm respondido desde a última sexta-feira (30) no stand que a Na Boca do Lobo desenvolve com o WWF-Brasil na “Semana das Soluções Climáticas: Somos Todos Responsáveis”. O evento, produzido pela União Europeia, Fundação Planetário e WWF-Brasil, reúne durante oito dias organizações e indivíduos do Brasil e da Europa em debates e exposições sobre os desafios das mudanças climáticas e as formas de diminuir o nosso impacto no planeta.
No espaço destinado às “Cidades do Futuro”, o público se depara com dois ambientes urbanos idênticos em uma estrutura de compensado e MDF reaproveitados: a “Cidade Que Queremos” e a “Cidade Que Estamos Construindo”. Com adesivos coloridos ou somente pretos, todos são convidados a colar nas respectivas cidades aquilo que esperam ver em 2100, e o que não desejam ver. A iniciativa foi desenvolvida no âmbito de dois projetos do WWF-Brasil: o Desafio das Cidades (uma competição anual, realizada em parceria com o ICLEI, pelo título de cidade mais sustentável) e a Hora do Planeta (evento de conscientização mundial em que as pessoas são convidadas a apagar suas luzes por uma hora todo último sábado de março).
Entre os símbolos criados para “A Cidade Que Queremos”, estão banhistas na praia, peixes e barcos à vela no mar, lixeiras que separam os tipos de resíduos, bicicletas e outros veículos movidos à propulsão humana, muito verde e paineis geradores de energia solar. Já entre os sugeridos para a cidade que não queremos, mas que estamos construindo, estão raios, nuvens carregadas, peixes sem vida, lixões espalhados pelas ruas, acréscimo no nível do oceano e muitos carros que emitem grandes quantidades de fumaça e carbono para a atmosfera.
A expectativa é a de que, no fim do evento, o público tenha ajudado a construir o espaço urbano ideal e também aquele com o qual definitivamente não sonhamos. Deste modo, é possível compreender visualmente que uma cidade de baixo carbono é o objetivo, mas que para alcançá-la são necessários esforços de todos os setores da sociedade no que diz respeito a uma matriz energética mais limpa, um novo tipo de mobilidade urbana baseado em transportes coletivos ou sem motor, maior convivência em áreas urbanas, reflorestamento e destinação adequada dos resíduos sólidos, por exemplo.
Texto de Abertura da Exposição
Qual cidade você quer para o futuro – o seu, dos seus filhos e netos? No final de novembro, os líderes mundiais se encontrarão em Paris para discutir um novo acordo climático global em relação à emissão de gases de efeito estufa. Caso não unamos esforços em prol de um futuro mais justo e equilibrado para o planeta, haverá pouca ou nenhuma chance de sucesso. De acordo com o Painel de Mudanças Climáticas da ONU temos que manter o acréscimo da temperatura em até 2º C, no máximo, em 2100.
As cidades, onde hoje vive mais da metade da população mundial, emitem o maior percentual de gases causadores de efeito estufa, cujo acúmulo na atmosfera gera o aquecimento global. Embora o maior problema esteja no ambiente urbano, é também nele em que estão as soluções, tecnologias e investimentos.
Além dos governos e das empresas, a sociedade civil também pode fazer sua parte. Seja com novas atitudes diárias, seja com esforços junto aos outros setores.
Agora, você entrará em duas cidades, uma que queremos, e outra que estamos construindo. Nos ajude a identificar o que devemos ter na cidade do futuro, e o que não devemos.
Vamos fazer juntos?
Fonte: WWF Brasil