Apesar da crescente insegurança do mercado com o abastecimento nacional de eletricidade, o governo preferiu anunciar medidas corretivas apenas nos 45 minutos do segundo tempo, quando poderá ser tarde demais. Em abril, no derradeiro mês do período chuvoso, os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste estão com 37% da sua capacidade, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O ideal, dizem as próprias autoridades, é entrar na estação seca, a partir de maio, com o nível das represas em, pelo menos, 43%.
Ontem (22), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, minimizou o problema. Segundo ele, o clima úmido ainda não acabou. “Está chovendo. Temos alguns dias pela frente, e é preciso aguardar o fechamento de abril para ver o volume de água nos rios, que importa mais do que a chuva, apesar de uma coisa depender da outra. Isso porque quando chove nas cabeceiras leva um tempo para a água fluir e chegar aos reservatórios”, explicou.
Rufino destacou que possíveis medidas só serão avaliadas na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada para a primeira semana de maio. “A não ser que haja alguma convocação extraordinária antes disso”, ressaltou. O diretor da Aneel afirmou, contudo, que o primeiro empréstimo bancário para cobrir os altos custos das distribuidoras em razão da estiagem será de R$ 4,7 bilhões.
Saiba mais: Correio Braziliense Online, 23/04/14
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