As mudanças climáticas e a elevação dos níveis dos oceanos por conta do derretimento das calotas polares tende a acentuar as desigualdades entre localidades desenvolvidas e empobrecidas. Um exemplo disto está acontecendo no Pacífico Sul. Um habitante de Kiribati, arquipélago ameaçado pela elevação do nível das águas do Pacífico, pediu refúgio climático à Nova Zelândia, em um fato inédito no mundo.
Ioane Teitiota, de 37 anos, apresentou um recurso esta semana diante da recusa das autoridades neozelandesas de imigração em conceder a ele o status de refugiado. O retorno de Teitiota ao arquipélago, uma república composta por uma ilha vulcânica e mais de 30 atóis de coral, implica pôr em risco a sua segurança, informou a agência AFP, pois regiões inteiras deste arquipélago têm sido invadidas periodicamente pelo mar, esterilizando a terra e inviabilizando a agricultura de subsistência.
Este caso pode estabelecer um precedente não só para os 100.000 habitantes de Kiribati, mas também para todas as populações ameaçadas pelas mudanças climáticas ao redor do globo, criando um novo tipo de refugiado, que ainda não tem direitos reconhecidos pelas convenções internacionais, afirmou Michael Kitt, advogado de Ioane Teitiota à imprensa neozelandesa.
Saiba mais: Revista Exame Online, 18/10/13
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